Muitas pessoas têm a visão errônea de que as doenças reumatológicas ou reumatismos atingem apenas a população de idosos. Na realidade, essas doenças podem acometer pessoas de todas as idades, inclusive crianças. Grande parte das doenças reumatológicas exigem um tratamento prolongado devido à sua evolução crônica.
O termo reumatismo, na verdade, não define uma doença específica, mas sim um grupo de doenças reumatológicas que têm causas, sintomas e tratamentos diferentes e específicos. Muitos acabam usando o termo reumatismo de forma errada, para designar doenças específicas como artrose ou artrite reumatóide. O “Reumatismo no sangue” é outro termo que vem sido utilizado de maneira incorreta. Na verdade, essa expressão popular é usada para designar a febre reumática.
Por se tratar de um grupo abrangente de doenças, diferentes partes e estruturas do corpo humano são comprometidas. Normalmente, as estruturas mais acometidas são as articulações, músculos, ligamentos e tendões, podendo também comprometer a pele, sistema nervoso, respiratório, entre outros.
Já foram identificadas como reumatismo mais de 100 doenças. Muitas dessas doenças possuem algumas similaridades no que diz respeito aos sintomas, o que faz com que pacientes pensem que são a mesma doença, quando na verdade são doenças diferentes.
Confira este vídeo que aborda os diferentes tipos de reumatismos:
Confira algumas respostas para as perguntas mais comuns relacionadas à reumatologia:
O que é Reumatologia?
É a área da medicina que estuda as doenças que acometem as articulações, ossos, músculos, tecido conjuntivo e o sistema imune. Diferentemente de especialidade médicas como cardiologia, pneumologia, entre outras, a reumatologia não possui um órgão ou sistema específico afetado pelas doenças. Portanto, o médico reumatologista é responsável por lidar com uma ampla variedade de doenças reumatológicas, que como mencionado antes, possuem tratamentos diferentes.
Quando devemos procurar um reumatologista?
Deve-se procurar um médico no exato momento em que haja a suspeita de qualquer doença reumatológica. Por existirem diversas doenças reumatológicas, com diversos sintomas, alguns sinais para ficarmos alerta são:
- Dores articulares com ou sem inchaço local;
- Dores e fraquezas musculares;
- E diversos outros sinais e sintomas que podem estar associados entre si como: manchas na pele que podem piorar ou não à exposição solar, espessamento da pele, queda de cabelo, olhos e bocas secos, alterações pulmonares, alteração da função do rim, alterações neurológicas, cardíacas e vasculares.
Os pacientes procuram o reumatologista na fase inicial do problema?
Essa é uma questão que varia muito dependendo do paciente e de onde ele será atendido. Por exemplo, no Sistema Único de Saúde (SUS), a espera para consultar com um médico especialista pode ser de até 5 anos e isso pode fazer com que a doença progrida e haja um atraso no diagnóstico. É claro que outros problemas podem surgir com o decorrer desse atraso, como complicações e sequelas.
Na saúde suplementar, onde os planos e seguros de assistência médica são privados, geralmente os pacientes acabam procurando os médicos especialistas mais cedo, facilitando o tratamento e evitando danos maiores.
Quais são as doenças mais comuns relacionadas à reumatologia?
As doenças mais prevalentes são a lombalgia (dor nas costas), osteoartrite (artrose), osteoporose, fibromialgia e tendinites.
Dicas importantes:
- Evite se automedicar;
- Se tiver dúvidas, procure um médico. Não busque apenas por informações na internet;
- Exercícios físicos são muito importantes não só para a prevenção, mas também para o tratamento de muitas doenças reumatológicas. Sempre procure a orientação e supervisão de um profissional na hora de fazer exercícios,
- É muito importante identificar os sintomas o quanto antes e procurar um médico especialista para tratar a doença precocemente, evitando complicações e sequelas.
Tipos de reumatismo
Febre reumática (“Reumatismo no sangue”)
A febre reumática, também conhecida como “reumatismo no sangue”, é uma doença sistêmica imunomediada, que geralmente ocorre em crianças e adolescentes entre 5 e 15 anos, que tenham uma predisposição genética. As partes do corpo mais comuns atingidas são: articulações, coração, sistema nervosos e pele.
Sintomas e manifestações da febre reumática
O início da doença geralmente é caracterizado por febre, artrite migratória predominante em grandes articulações (joelhos, tornozelos, cotovelos e punhos), cardite e valvulite (inflamação no músculo e válvula do coração, respectivamente), envolvimento do sistema nervoso central (coréia de Sydenham, que se caracteriza por surtos autolimitados de movimentos involuntários da face e membros, fraqueza muscular e distúrbios emocionais) e manifestações cutâneas (nódulos subcutâneos indolores e eritema marginado).
É importante salientar que quanto mais jovem for o paciente, maior as chances de haver um comprometimento cardíaco. Portanto, é crucial que haja um diagnóstico precoce da doença.
Diagnóstico
O diagnóstico da febre reumática é feito de acordo com achados clínicos, laboratoriais (ex. VHS, PCR, cultura da orofaringe e ASLO), alterações do eletrocardiograma e no ecocardiograma.
Quais as consequências da febre reumática?
As sequelas cardíacas sucedidas de crises agudas são complicações bastante temidas, e uma delas é a insuficiência cardíaca grave. Logo, é importante também que haja um acompanhamento de um médico cardiologista.
Como é o tratamento para “reumatismo no sangue”?
O tratamento consiste em repouso absoluto, uso de anti-inflamatórios, analgésicos e terapia com antibiótico. Cada tratamento deve ser individualizado e vai depender das manifestações da doença, de sua gravidade e da idade do paciente no momento do acometimento agudo da doença.
Prevenção e recomendações
A melhor forma para a prevenção da doença é através do combate do estreptococo grupo A, feito com antibióticos específicos. A duração do tratamento de prevenção para a recorrência da febre reumática é ditado pelo médico especialista.
Artrite reumatoide
A artrite reumatóide é uma doença inflamatória crônica que afeta principalmente as articulações, mas dependendo da gravidade pode afetar também órgãos como coração, pulmão, olhos e pele. A artrite reumatóide acomete em torno de 1% da população. Tanto crianças como idosos podem apresentar os sintomas, porém a idade com maior incidência é entre 30 e 55 anos. Em relação ao sexo, as mulheres têm maiores chances de desenvolver a doença.
Causas e fatores de risco
As causas da artrite reumatoide ainda são desconhecidas, porém existem diversos fatores (ambientais, hormonais, genéticos e infecciosos) que podem contribuir para o desenvolvimento da doença.
Outro fator de grande risco para o desenvolvimento da doença é o tabagismo, principalmente para pessoas que já possuem genética suscetível, podendo tornar a doença ainda mais agravante.
Como mencionado anteriormente, as mulheres têm maiores chances de desenvolver a doença, devido aos efeitos do estrogênio no sistema imunológico. Estudos comprovam que fatores genéticos são grandes influenciadores no desenvolvimento da doença, o que aumenta o risco parentes de primeiro grau.
Outros possíveis fatores de risco incluem:
– Infecções virais
– Exposição ocupacional à sílica
– Exposição ao asbesto
Sintomas e Diagnóstico
Os principais sintomas da doença são dores e inchaço nas articulações, principalmente de mãos, punhos e pés. O início da doença está associado à lentidão e dificuldade de mover as articulações ao despertar. Outras manifestações são cansaço, fadiga, nódulos cutâneos, anemia, lesões oculares, entre outras.
Articulações menos comuns como da coluna cervical, ombros, laringe, e temporomandibular (DTM) também podem ser acometidas.
O diagnóstico é baseado na combinação de:
– Achados clínicos, descritos acima
– Alterações laboratoriais (elevações de exames como VHS e PCR e positividade de exames como fator reumatóide e anti-CCP)
– Alterações radiológicas
Tratamento
O tratamento consiste em terapia medicamentosa, fisioterapia, terapia ocupacional, apoio psicossocial, abordagens cirúrgicas e educação do paciente e de sua família em relação à doença.
Houve grandes avanços nas pesquisas sobre a artrite reumatoide, incluindo a descoberta de novos medicamentos e estratégias para o tratamento, proporcionando uma melhor qualidade de vida para os pacientes, mas ainda não existe uma cura para a doença.
Artrose
Conhecida também como osteoartrite ou osteoartrose, é a principal causa de incapacidade funcional nos idosos. Pode acometer qualquer faixa etária. Sabe-se hoje que a osteoartrite é causada pela interação de vários fatores como a integridade da articulação, genética, inflamação local, forças mecânicas e processos celulares e bioquímicos.
Seu principal sintoma é a dor articular precipitada pelo exercício e que alivia com o repouso. As articulações mais acometidas são as mãos, quadris, joelhos, pés e coluna. Os principais fatores de risco são: a idade avançada, sexo (feminino), obesidade, determinadas ocupações, atividades esportivas específicas e traumas articulares prévios.
Osteoporose
Doença bastante comum, associada à alta morbimortalidade, que afeta principalmente mulheres após a menopausa, cuja patogênese inclui a perda acelerada da massa óssea e da alteração de sua microestrutura, levando consequentemente à fragilidade óssea e aumento dos riscos de fratura.
O diagnóstico da osteoporose é comumente realizado através da densitometria óssea (DMO). Alguns dos principais fatores de risco para o desenvolvimento dessa doença são: idade avançada, sexo feminino, pele branca (origem caucasiana), histórico prévia e familiar de fratura, vida sedentária, baixa ingestão de cálcio e/ou vitamina D, tabagismo e ingestão excessiva de álcool.
Fibromialgia
Síndrome caracterizada por dor musculoesquelética difusa crônica, frequentemente acompanhada de fadiga, distúrbios do sono, alterações cognitivas (ex. falta de atenção), parestesias de membros (formigamentos), sintomas psiquiátricos e diversos sintomas somáticos. A fibromialgia é a principal causa de dor musculoesquelética em mulheres entre 20 e 55 anos com uma prevalência de 2 a 3% da população, podendo aumentar com a idade.
Os exames laboratoriais e radiológicos são comuns, frequentemente associados à síndrome do intestino irritável, migrânea e disfunção temporomandibular (DTM).
Lombalgia
Mais popularmente conhecida como dor nas costas, especificamente na coluna lombar, é uma das principais causas de visita médica em todo o mundo. Mais de 80% dos adultos apresentarão esse sintoma pelo menos uma vez na vida.
A maioria dos casos de dor lombar são de evolução favorável, apresentando um bom prognóstico. E apesar de existirem diversas causas, a grande maioria dos pacientes apresentarão dor lombar “mecânica” ou não específica (ex. distensão muscular ou entorse), isto quer dizer, não é de causa infecciosa, neoplásica ou inflamatória (ex. espondiloartrites). Alguns fatores de risco para lombalgia são: tabagismo, obesidade, sedentarismo, idade avançada, trabalho extenuante, baixo nível de escolaridade, insatisfação no trabalho e transtornos psicológicos.
O médico especialista é sempre o profissional indicado para tirar as dúvidas da possível causa da dor lombar.
Lúpus (lúpus eritematoso sistêmico – LES)
Lúpus é uma doença inflamatória crônica caracterizada por uma ampla diversidade de manifestações clínicas e por acometer diversos órgãos do corpo. Uma importante característica da doença é a anormalidade imunológica ou autoimunidade, que causa grande produção de anticorpos.
Essa é uma doença que pode ocorrer tanto em homens quanto em mulheres de todas as idades, porém é mais comum em mulheres em idade de reprodução (10 mulheres para cada 1 homem).
De acordo com estudos, a LES pode variar de acordo com a raça. Porém existem também diferentes taxas de prevalência em pessoas da mesma raça dependendo da área geográfica.
Causas e fatores de risco
Em relação às causas do LES, não existe uma etiologia específica. Como já foi falado em um artigo publicado em nosso blog sobre doenças autoimunes, o LES pode ser atribuído à uma interação de diversos fatores, como genéticos, hormonais, psicossociais e ambientais.
Em relação aos fatores de risco, filhos de pacientes que possuem LES são mais propensos a desenvolver a doença também. Portanto, há uma maior incidência da doença em parentes de primeiro e segundo grau.
Sintomas
Os sintomas de lúpus são variados dependendo do local do corpo onde a doença se apresenta. Alguns dos sintomas mais comuns são:
- Constitucionais: fadiga, febre e perda de peso
- Musculoesquelético: dor articular, artrite, dor muscular, rigidez matinal
- Dermatológico / cutâneo: sensibilidade à luz ( vermelhidão em áreas expostas à luz como rosto – “asa de borboleta” e colo), aftas orais de repetição, queda de cabelo, fenômeno de raynaud (alteração da coloração das mãos e pés), livedo reticular (manchas rendilhadas nos membros) .
- Renal: alterações nos exames de urina (ex. perda de proteínas), insuficiência renal. A hipertensão e o edema (inchaço) dos membros inferiores podem ser decorrente do comprometimento dos rins.
- Neuropsiquiátrico: crise convulsiva e psicose (alteração comportamental).
- Pulmonar: falta de ar, dor ao respirar, derrame pleural.
- Cardíaco: dor torácica, insuficiência cardíaca, derrame pericárdico.
- Hematológico: Redução dos glóbulos vermelhos (hemácias), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas.
Diagnóstico
O diagnóstico do LES é bastante complexo e portanto, deve ser sempre realizado por um médico especialista e experiente, para que não ocorra um diagnóstico incorreto, tratando pessoas que não têm a doença ou deixando de tratar pacientes que têm a doença. Geralmente o diagnóstico é baseado em achados clínicos e exames laboratoriais.
Em relação ao exame FAN (fator antinuclear), pacientes que possuem LES acabam, em 99% dos casos, tendo um resultado positivo. Porém, há uma parcela de 20% da população, que também tem um resultado positivo, porém não possuem a doença. Exatamente por esse motivo, é crucial que haja uma interpretação correta dos resultados do exame (leia aqui mais sobre o exame FAN). Outros exames como Anti-DNA, Anti-Sm e Anti-P ribossomal, são mais específicos, e se positivos podem confirmar o diagnóstico da doença.
Tratamento da doença
Apesar de não haver uma cura específica para o lúpus, existem diversos tratamentos que podem ajudar a controlar os sintomas, o que também contribuem para uma melhor qualidade de vida.
Hoje em dia, diversos medicamentos são utilizados para o tratamento da doença de acordo com o diagnóstico de cada paciente. Entre os medicamentos mais comuns estão: antiinflamatórios, corticóides, antimaláricos e imunossupressores.
Um novo medicamento foi descoberto e liberado para uso no tratamento da doença, chamado belimumabe. Existem também outros medicamentos que ainda estão em estudos, mas podem ser liberados em breve, como por exemplo o anifrolumab.
Esclerose Sistêmica
A esclerose sistêmica ou esclerodermia, é uma doença considerada autoimune que acomete o tecido conjuntivo. Ela é caracterizada pela produção excessiva de colágeno que é depositado nos órgãos internos e pele. É esse depósito em excesso de colágeno que acaba levando às principais características da doença como espessamento da pele e distúrbios vasculares.
Assim como em outras doenças reumatológicas, uma série de fatores (genéticos, ambientais, vasculares e imunológicos) estão relacionados a sua patogênese, mesmo não existindo uma causa específica.
A esclerose sistêmica é considerada uma doença rara, que tem incidência de 1-122 por milhão. Os pacientes mais comuns são mulheres entre 30 e 40 anos. Apesar de não haver uma predominância racial, essa doença é bastante rara na China e Japão.
Sintomas
Os sintomas da esclerose sistêmica são diversos e complexos. Para entender melhor, vamos explicar: a doença está dividida em duas formas: a Esclerose Sistêmica Cutânea Limitada e a Esclerose Sistêmica Cutânea Difusa.
A primeira acomete principalmente áreas do corpo como cotovelo e joelhos, podendo comprometer também mãos, antebraços, pernas e pés. A segunda acomete principalmente o tronco. Ambas formas podem comprometer a face.
Alguns dos sintomas mais comuns, divididos por órgãos/sistemas, são:
- Constitucional: fadiga, perda de peso e falta de apetite (hiporexia).
- Cutâneo: prurido (coceira), espessamento da pele muitas vezes precedido por inchaço, esclerodactilia (induração da pele das mãos), microstomia (diminuição da abertura da boca), calcinose.
- Musculoesquelético: rigidez articular, dor articular (artralgia), perda de força.
- Vascular/Circulatório: fenômeno de raynaud (alteração da coloração das mãos e pés), úlceras de extremidades, teleangiectasias.
- Digestório: dificuldade na deglutição, refluxo gastroesofágico.
- Renal: insuficiência renal crônica, crise renal, hipertensão arterial
- Pulmonar: tosse seca, falta de ar (dispneia), dor torácica decorrente das pneumopatias intersticiais.
- Cardíaco: palpitação, arritmias.
- Genitourinário: disfunção erétil, estreitamento vaginal, ressecamento vaginal.
- Outros: distúrbios do sono, síndrome sicca (boca e olhos secos).
Diagnóstico
Assim como em outras doenças reumatológicas, o diagnóstico da esclerose é baseado em achados clínicos, exames laboratoriais, entre outros. É muito importante que esses exames sejam realizados para que haja um melhor monitoramento, planejamento do tratamento, e avaliação da progressão da doença.
Em relação ao Exame FAN, cerca de 90 a 95% dos pacientes com a doença apresentam resultados positivos. Autoanticorpos frequentemente encontrados são: anti-centrômero (44%-50% dos pacientes), anti-Scl 70 ou anti-topoisomerase (cerca de 30%) e anti-RNA Polimerase I e III (15% a 20%).
Tratamento
O tratamento da esclerose varia de acordo as manifestações clínicas de cada paciente, por isso é importante que o médico especialista avalie quais órgão estão envolvidos. As chances de um prognóstico bom aumentam se o paciente estiver bem educado sobre a doença.
Por exemplo, no tratamento do Fenômeno de Raynaud, é muito importante que o paciente evite estar exposto à temperaturas baixas.
Os medicamentos utilizados no tratamento variam de acordo com o local onde a doença compromete. Por exemplo, o metotrexato é usado para o acometimento cutâneo; já a ciclofosfamida, micofenolato de mofetil e rituximabe, podem ser usados no tratamento do espessamento da pele e pneumopatias intersticiais.
Diversos outros medicamentos podem ser utilizados para tratamento de outras manifestações, por exemplo, renais, gastrointestinais, cardíacas e genitourinárias.
Em alguns casos, além de ter um médico reumatologista, o paciente precisará de um acompanhamento de outros especialistas para o efetivo tratamento da doença.
Exame FAN
O fator antinuclear, conhecido popularmente com FAN, também chamado de exame para pesquisa de anticorpos antinúcleo (ANA) ou pesquisa de anticorpos contra antígenos celulares (PAAC), é um exame de rastreamento de autoanticorpos muito utilizado na investigação de doenças autoimunes.
O FAN é um exame que se tornou bastante sensível nos últimos anos devido os avanços tecnológicos, mas em contrapartida se tornou menos específico e com maior número de falsos-positivos. Isso quer dizer que muitos pacientes saudáveis podem apresentar o FAN reagente, mesmo não apresentando nenhuma doença autoimune.
É muito importante a interpretação correta do exame associado à clínica do paciente, pois isoladamente pode não apresentar nenhum significado clínico. Além disso, o FAN pode ser reagente em pacientes com doenças infecciosas, neoplásicas ou por uso de medicamentos. Por isso é essencial a avaliação de um especialista para melhor elucidação.
Algumas doenças autoimunes que podem ter o FAN (fator antinuclear) reagente:
– Lúpus eritematoso sistêmico;
– Lúpus induzido por drogas;
– Artrite reumatóide;
– Síndrome de Sjögren;
– Esclerodermia;
– Doença mista do tecido conjuntivo;
– Polimiosite / dermatomiosite;
– Vasculites primárias;
– Tireoidite de Hashimoto;
– Doença de Graves;
– Cirrose biliar primária;
– Hepatites Autoimunes;
– Doenças inflamatórias Intestinais;
– Miastenia Gravis
Doenças infecciosas e neoplásicas também podem cursar com FAN reagentes:
– Vírus da Hepatite C
– Vírus Epstein Barr (EBV)
– Vírus da imunodeficiência humana (HIV)
– Tuberculose;
– Esquistossomose.
– Hepato-carcinoma;
– Linfoma
Todas as informações acima não substituem a consulta médica com um especialista.
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