O que é Osteoporose?
Osteoporose trata-se de uma doença crônica, progressiva e silenciosa caracterizada pela redução da densidade óssea, ou seja, os ossos ficam mais “fracos” e consequentemente mais propensos a fraturas.
Atualmente a osteoporose representa um problema sério de saúde e com custos econômicos altíssimos em todo o mundo. E infelizmente ainda é muito pouco diagnosticada e não tratada precocemente.
Como ocorre a osteoporose?
Os nossos ossos são compostos de células que constantemente se regeneram, ou seja, quando o osso está velho, ele é “removido” e “substituído” por um osso novo. Esses processos são chamados de reabsorção óssea e formação óssea, respectivamente. Com o avançar da idade, um desequilíbrio começa a ocorrer entre a reabsorção e formação óssea, ou seja, mais tecido ósseo é removido do que formado. Por isso, a partir de uma determinada idade existe uma perda óssea gradativa e consequentemente os ossos tornam-se mais frágeis e propensos a fraturas.
Epidemiologia
A osteoporose é a doença metabólica óssea mais comum, estimada a afetar mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo.
O risco de osteoporose aumenta com a idade, aumentando também o risco de fratura, principalmente após os 50 anos. As mulheres têm um risco significativamente maior de desenvolver osteoporose. Metade de todas as mulheres pós-menopáusicas terão uma fratura relacionada à osteoporose durante a sua vida. Vinte e cinco por cento delas desenvolverão deformidade vertebral e 15 % sofrerão fratura de quadril.
Homens apresentam uma maior prevalência de osteoporose secundária sendo 40-60% dos casos decorrente de hipogonadismo (deficiência de testosterona), alcoolismo e uso excessivo de corticoide.
A osteoporose pode ocorrer em todas as raças e etnias. No entanto, brancos (especialmente descendente do norte da Europa) e asiáticos têm maior risco.
Quais as causas da osteoporose?
A osteoporose pode ser dividida em primária ou secundária. Diz-se que um paciente apresenta osteoporose primária quando uma causa secundária de osteoporose não pode ser encontrada como, por exemplo: hipercalciúria renal (perda de cálcio pelos rins), doenças genéticas ou hereditárias (ex: doença de Gaucher, síndrome de Ehlers Danlos, síndrome de Marfan), anorexia nervosa/bulimia, hiperprolactinemia, diabetes mellitus, hiper/hipotireoidismo, doença celíaca, doença inflamatória intestinal, artrite reumatoide, hemocromatose, hemofilia, entre outras .
Fatores de Risco
Fatores de risco para osteoporose foram estabelecidos em virtude de sua relação direta e forte com a incidência de fraturas. Seguem abaixo alguns destes fatores de risco:
– Idade > 50 anos
– Sexo feminino
– Cor branca e etnia asiática
– Fatores genéticos, como história familiar de osteoporose
– Estatura baixa ou IMC reduzido
– Amenorreia
– Menarca tardia
– Pós-menopausa
– Dieta pobre em cálcio
– Tabagismo e alcoolismo
– Sedentarismo e imobilização prolongada
– Alguns medicamentos (anti-convulsivantes, corticoide, heparina, insulina)
Quais os sintomas da osteoporose?
A osteoporose geralmente não se torna clinicamente aparente até que uma fratura ocorra. Os locais mais comuns de fraturas são a coluna, quadril e punho. Dois terços das fraturas vertebrais são assintomáticas. Os achados típicos em pacientes com fraturas sintomáticas de coluna vertebral podem incluir:
- Episódio de dor aguda após queda ou pequeno trauma;
- Dor localizada em um nível vertebral específico e identificável, geralmente na região torácica média, inferior ou lombar superior;
- Dor aguda, incômoda ou maçante que pode exacerbar com o movimento. Em alguns casos pode irradiar para abdome;
- Dor que frequentemente é acompanhada de espasmos musculares paravertebrais exacerbados pela atividade física;
- Cifose torácica com uma lordose cervical exagerada;
- Redução da altura associado a piora da cifose;
- Perda da lordose lombar
Já os pacientes com fratura de quadril podem apresentar os seguintes sinais e sintomas:
- Dor na virilha, nádega posterior, coxa anterior e/ou joelho medial durante o apoio do peso na extremidade envolvida;
- Diminuição da amplitude de movimento do quadril, particularmente na rotação interna e flexão.
Diagnóstico da osteoporose
O principal exame para o diagnóstico da osteoporose é a densitometria óssea (DMO), que avalia o estádio da doença e serve também como método de acompanhamento do tratamento. É um exame indolor que avalia a massa óssea na coluna, fêmur e rádio. O valor < -2,5 DP no seu exame de densitometria faz o diagnóstico de osteoporose. O diagnóstico de osteoporose também é dado se uma fratura de baixo impacto ocorrer.
Como prevenir a osteoporose?
A melhor forma de prevenir a osteoporose é mantendo um estilo de vida saudável e isso inclui:
- Ingestão de cálcio e vitamina D;
- Evitar o abuso de café e dieta com muito sal;
- Não fumar e nem consumir álcool em excesso;
- Tratar precocemente qualquer doença que pode causar osteoporose;
- Fazer exercícios físicos;
- Eliminar, ou pelo menos diminuir o risco de quedas.
Qual o tratamento da osteoporose?
O tratamento pode ser dividido em terapia não medicamentosa e medicamentosa. O tratamento não medicamentoso é baseado em orientações de dieta, exercícios e cessação do tabagismo.
Tratamento não medicamentoso
Uma dieta adequada para o tratamento (ou prevenção) da osteoporose inclui uma ingesta adequada de calorias, cálcio e vitamina D. As mulheres na pós-menopausa (e homens mais velhos) devem tomar suplementos de cálcio (geralmente de 500 a 1000 mg/dia), em doses divididas, de tal forma que junto com ingestão alimentar, chegue a uma dosagem de aproximadamente 1500 mg/dia.
A ingestão diária recomendada de vitamina D deve ser de aproximadamente 600 UI em pacientes entre 51-70 anos e 800 UI naquelas maiores de 70 anos. Doses maiores são indicadas naqueles pacientes com má absorção ou que estão em uso de anticonvulsivantes.
Atividade física deve ser orientada de pelo menos 30 minutos, três vezes por semana. O exercício tem sido associado a melhorias ou manutenção da densidade óssea e um risco reduzido de fratura de quadril em mulheres mais velhas.
A cessação do tabagismo deve ser incentivada uma vez que acelera a perda óssea.
Tratamento medicamentoso
Os doentes com maior risco de fratura são os que têm maior probabilidade de se beneficiar da terapia medicamentosa. Assim, a seleção de doentes com base no risco de fratura, determinada por uma combinação de DMO e fatores de risco clínicos, é desejável.
O tratamento com medicamento deve ser individualizado baseado na eficácia, segurança, custo, conveniência e efeitos adversos. Existem diversas opções para o tratamento como: bisfosfonatos (alendronato, risedronato, ibandronato e ácido zoledrônico), moduladores seletivos de receptores de estrogênio (raloxifeno), calcitonina, terapia de reposição hormonal, teriparatida, ranelato de estrôncio e denosumab.
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