pessoas com covid e periodontite

Periodontite e covid-19: Associação perigosa à saúde e vida de milhões de pessoas

Pessoas com periodontite possuem 3X MAIS CHANCES de serem entubadas ou internadas em decorrência da COVID-19

A literatura odontológica comprova que a qualidade da saúde bucal está diretamente ligada à progressão e ocorrências de diversas doenças respiratórias, uma vez que são encontrados diversos microrganismos como vírus e bactérias na cavidade bucal.

De acordo com as experiências vividas durante o combate à pandemia, várias hipóteses foram levantadas associando a doença periodontal ao SARS-CoV-2 e o resultado encontrado é que a doença é um fator de risco para o desenvolvimento da COVID-19 que ocorre da seguinte forma:

A periodontite provoca a formação de bolsa periodontal, um ambiente ideal para formação de biofilmes bacterianos subgengivais e, quando infectada, proporciona a migração do vírus para o sistema circulatório. Dessa forma, a bolsa periodontal foi identificada como um reservatório para o vírus, facilitando a proliferação da doença. Diversos casos associando à doença bucal e a COVID-19 foram relatados em todo o mundo, provocando diversas pesquisas que procuram trazer respostas sobre como eliminar a possibilidade da proliferação da doença e também buscar o tratamento para pacientes que apresentam os dois problemas.

Como resultado de todas as pesquisas, é visto que a periodontite não tratada torna a COVID-19 mais grave e atua como fator de risco para casos mais graves da doença através dos processos inflamatórios.

Fonte: Doença Periodontal e Covid-19: O que podemos inferir da literatura até o presente momento? Autores: José Pedro de Almeida Santos, Jéssica Caetano da Silva, José Everton Menezes Silva, Eduardo Sérgio Donato Duarte Filho

A importância da prevenção e do dentista

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O papel do dentista sempre foi vital na prevenção de doenças bucais, e também é o profissional da saúde capaz de diagnosticar e tratar as doenças gengivais que podem evoluir para um inflamatório com potencial de causar uma série de outros problemas de saúde.

O check-up preventivo digital é um procedimento de alta tecnologia que através de uma câmera SKYCAM que aumenta a imagem dos dentes e das gengivas em até 60 vezes proporciona a identificação dos primeiros sinais de gengivite, periodontite e outros problemas que quando não tratados, facilitam o processo de transporte de bactérias e vírus através do sistema circulatório, causando diversos tipos de doenças.

O diagnóstico precoce promove o tratamento com resultado satisfatório mais rápido e melhorando a qualidade de vida de pacientes de diferentes idades.

O combate a COVID-19 é intenso, e a cada dia, as pesquisas mostram a sua extrema importância para encontrar o tratamento e eliminar as possibilidades de evolução e gravidade. O check-up preventivo digital é um procedimento que os dentistas do Grupo Qualidade em Saúde podem oferecer aos pacientes e potencializar o cuidado com a saúde bucal ao longo da vida.

O que é a periodontite?

A periodontite se tornou uma doença muito comum entre a população adulta, cerca de 50% das pessoas adultas sofrem com o problema, porém muitos ainda não levam a sério, o que resulta na perda dos dentes e no desenvolvimento de doenças sistêmicas.

A periodontite é uma fase mais progressiva da gengivite, uma doença infecciosa e bacteriana que afeta os tecidos de suporte dos dentes, como o osso e o ligamento periodontal.  Em seu estágio mais avançado ela pode causar a perda do osso em volta do dente, ou seja, a raiz onde é sustentado, causando o afrouxamento dos dentes, ou levando a perda.

Sem os cuidados necessários, a progressão da doença faz com que as substâncias presentes na saliva se fixem na placa bacteriana intensificando o processo inflamatório, criando condições favoráveis para a formação da bolsa periodontal, que afasta a gengiva do dente, favorecendo a contaminação por bactérias e o desenvolvimento de tártaro.

Outra complicação grave da periodontite é sua capacidade, através das bolsas periodontais, de disseminação das bactérias pela corrente sanguínea, podendo se instalar nas válvulas cardíacas, comprometendo a circulação do sangue, afetando também o pulmão e outras partes do corpo. Ela está muito relacionada com doenças respiratórias, artrite reumatoide, doença coronária ou acidente vascular cerebral.

O que causa a periodontite?

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As causas da periodontite estão, em sua maioria, relacionadas a uma higienização oral inadequada: não escovar os dentes, ou não higienizar da forma correta, permitindo que a placa bacteriana se acumule na região da gengiva junto aos dentes. Se esta camada não for removida irá provocar a inflamação das gengivas (gengivite), e formar tártaro que, por sua vez, se não for tratada, evolui para a periodontite.

Podemos destacar outros fatores que também podem desencadear a periodontite: a cárie dentária, o mau posicionamento dos dentes, próteses dentárias, aparelhos ortodônticos mal adaptados, restaurações dentárias mal executadas ou deterioradas, certos medicamentos, infecções fúngicas (por fungos) ou virais (por vírus), onde pode ter um efeito indireto nos pulmões, o que exacerba os sintomas da COVID-19, por exemplo. Tudo isso pode ser evitado removendo as bactérias das placas existentes.

Outros fatores que podem causar a periodontite.

  • Fumar: aumenta o risco de contrair esta doença;
  • Diabetes: os pacientes que sofrem de diabetes têm mais tendência a desenvolver infecções nas gengivas.;
  • Alterações hormonais;
  • Predisposição genética;
  • Xerostomia (boca seca);
  • Uma dieta desequilibrada e um estilo de vida pouco saudável;
  • Infecções fúngicas ou virais.

Quais os sintomas da periodontite?

De entre os vários sinais e sintomas que podem evidenciar a presença de periodontite, destacamos:

  • Halitose acentuada (mau hálito);
  • Gengiva avermelhada ou até arroxeada;
  • Gengiva inchada, dura ou tumefacta;
  • Gengiva retraída;
  • Gengiva descolada dos dentes;
  • Sangramento gengival ao pequeno toque, ou mesmo de forma espontânea;
  • Dor nas gengivas, muito sensíveis ao toque;
  • Mobilidade dentária;
  • Alteração da posição dos dentes;
  • Presença de bolsas periodontais (espaços aumentados entre os dentes e a gengiva).
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Cirurgiões-Dentistas na linha de frente em  UTIs Covid-19

O Conselho Federal de Odontologia (CFO) reforça a importância dos Cirurgiões-Dentistas no combate a COVID-19. O papel dos dentistas na linha de frente das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) contra a COVID-19, se tornou muito importante, pois os cuidados com a saúde bucal dos pacientes, desde a escovação, até restaurações e extrações dos sisos, se tornou essencial para prevenir infecções respiratórias, como a pneumonia.

O trabalho é fundamental para conter ou impedir eventuais infecções que poderiam agravar o quadro da doença, principalmente a pneumonia associada à ventilação (PAV), uma infecção pulmonar comum entre os que estão sob uso de ventilador. A assistência também é capaz de reduzir o tempo de internação, riscos de infecção e gastos hospitalares, além de permitir o diagnóstico precoce de doenças graves e a melhoria na qualidade de vida do paciente, o que inclui diminuição de gastos com antibiótico e terapia de alto custo, rotatividade e disponibilidade de leitos.

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O cuidado odontológico preveniu das infecções respiratórias, como a pneumonia, em pacientes em ventilação mecânica.

A pneumonia associada à ventilação já é um grande foco da odontologia hospitalar, mas, nos casos de COVID-19, a replicação viral é muito maior. As pessoas ficam muito mais tempo na UTI, às vezes 30, 40 dias, as bactérias se acumulam e, sem a higiene da boca, a chance de uma pneumonia bacteriana cresce exponencialmente, um quadro que pode ser revertido através dos cuidados odontológicos.

A odontologia está na linha de frente do combate a COVID-19 para salvar vidas!

COVID-19 – Um vírus com o poder de parar o mundo.

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A transmissão da COVID-19, nome dado à doença causada pelo SARS-CoV2, foi identificada pela primeira vez em Whuhan, na China, no dia 31 de Dezembro de 2019. Desde então, os casos se espalharam rapidamente pelo mundo, começando pelo continente asiático e logo depois para os outros países.

Em março de 2020 a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu o surto da doença como pandemia. Em pouco tempo foi confirmada a primeira morte no Brasil, em São Paulo.

Uma das consequências da COVID-19 é a variação dos quadros que podem ser assintomáticos ou de infecções respiratórias graves. Enquanto quase 80% dos casos não têm sintomas, 20% das pessoas infectadas apresentam dificuldade de respirar e 5% podem precisar de suporte ventilatório para o tratamento de insuficiência respiratória, segundo a OMS.

Quais são os sintomas da Covid-19?

Os sinais e sintomas são principalmente os respiratórios, uma febre que não cessa com remédios, tosse seca ou com catarro. Outros sintomas que podem aparecer são fadiga, dor articular, arrepios, náusea ou vômito, nariz entupido, tosse com sangue, olhos inchados, perda de olfato e/ou paladar, dores na caixa torácica, problemas de pele como urticária ou frieira nos dedos dos pés, além de problemas neurológicos.

Esses sintomas são normalmente leves e podem progredir. Idosos, pessoas com diabetes, pressão alta e outros problemas cardiovasculares são mais suscetíveis a desenvolver sintomas mais sérios, é notado também que muitos pacientes sofrem com a formação de coágulos sanguíneos, AVCs e problemas cardíacos.

988 mil de pessoas apresentaram sintomas conjugados ou 0,5 % da população

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2 milhões de pessoas com sintomas buscaram estabelecimentos de saúde

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Características de cada caso de COVID-19

Caso assintomático

Teste laboratorial positivo para COVID-19 e ausência de sintomas.

Caso leve

Presença de sintomas não específicos, como tosse, dor de garganta, coriza, seguido ou não de diarréia, dor abdominal, febre, calafrios, fadiga e/ou cefaleia.

Caso moderado

Os sintomas mais frequentes podem incluir desde sinais leves da doença, como tosse e febre persistente e diária, até sinais de piora progressiva de outro sintoma relacionado a COVID-19 (adinamia, prostração, hiporexia, diarréia), além da presença de pneumonia sem sinais ou sintomas mais graves

Caso grave

Síndrome Respiratória Aguda Grave (Síndrome Gripal que apresenta dispneia/desconforto respiratório ou pressão persistente no tórax ou saturação de oxigênio menor que 95% em ar ambiente ou coloração azulada de lábios ou rosto).

Caso crítico

Sintomas como sepse, síndrome do desconforto respiratório agudo, insuficiência respiratória grave, disfunção de múltiplos órgãos, pneumonia grave, necessidade de suporte respiratório e internações em unidades de terapia intensiva.

Como diagnosticar a Covid-19

Seguindo um protocolo específico, o atual diagnóstico da COVID-19 segue o que é estipulado pelo Ministério da Saúde, a partir de cinco metodologias, são elas:

Diagnóstico clínico

Uma análise realizada para saber se o paciente está com febre, se apresenta sintomas respiratórios como tosse, falta de ar, coriza ou dor de garganta e outros sinais típicos de COVID-19 como mialgias, distúrbios gastrointestinais, perda ou diminuição do olfato e do paladar.

Diagnóstico clínico-epidemiológico

Por meio da associação dos sintomas do paciente e do seu histórico de contato com outra pessoa que também teve a doença nos 14 dias anteriores, o médico identifica se os sintomas são de COVID-19.

Diagnóstico clínico-imagem

Quando não é possível confirmar ou descartar a COVID-19 por meio dos exames laboratoriais, este tipo de diagnóstico é feito. O médico conclui se existe ou não a COVID-19 através de todos os sintomas apresentados como o respiratório, febre e alterações na tomografia.

Diagnóstico laboratorial

Este diagnóstico é feito a partir dos exames solicitados, são eles:

  • Teste rápido: exame de imunocromatografia que ajuda na detecção de anticorpos a partir do oitavo dia de sintoma
  • RT-PCR: detecta o vírus até o oitavo dia de início de sintomas

O método de imunocromatografia também pode ser usado para detectar antígenos (substâncias estranhas), a partir de um reagente para SARS-CoV-2.

Como diagnosticar coronavírus em pessoas assintomáticas

Em pessoas que não apresentam sintomas da COVID-19, a técnica usada para o diagnóstico da doença é o exame de RT-PCR ou o exame imunológico para análise de anticorpos no organismo.

Manifestações da Covid-19 em nosso corpo.

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Como se proteger contra a Covid-19

Existem algumas medidas, que feitas de forma integrada, ajudam na prevenção da COVID-19. Segundo o Ministério da Saúde é recomendado a vacinação dos grupos prioritários conforme o Plano Nacional de Operacionalização da Vacina, adicionada às medidas de distanciamento social, evitar aglomerações, higienização das mãos, uso de máscaras, limpeza e desinfecção de ambientes, isolamento em casos suspeitos e quarentena dos contatos dos casos de COVID-19.

Ações de prevenção que não devem ser esquecidas:

  • Cobrir nariz e boca com lenço de papel ou com o antebraço, e nunca com as mãos ao tossir ou espirrar.
  • Evitar tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Manter uma distância mínima de cerca de 1 metro de qualquer pessoa tossindo ou espirrando.
  • Evitar abraços, beijos e apertos de mãos.
  • Higienizar com frequência os brinquedos das crianças e aparelho celular. Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas, pratos e copos.
  • Evitar aglomerações, principalmente em espaços fechados e manter os ambientes limpos e bem ventilados.

Como a Covid-19 é transmitido?

A transmissão da COVID-19 pode acontecer de várias formas, principalmente por três modos: contato, gotículas ou por aerossol.

  • A transmissão por contato é a transmissão da infecção por meio do contato direto com uma pessoa infectada.
  • A transmissão por gotículas é a transmissão da infecção por meio da exposição a gotículas respiratórias expelidas, contendo vírus, por uma pessoa infectada quando ela tosse ou espirra.
  • A transmissão por aerossol é a transmissão da infecção por meio de gotículas respiratórias menores (aerossóis) contendo vírus e que podem permanecer suspensas no ar, serem levadas por distâncias maiores que 1 metro e por períodos mais longos (geralmente horas).

O período de incubação é estimado entre 1 a 14 dias, com mediana de 5 a 6 dias.

Leia também: Mau hálito: Causas e tratamento.

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