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Tendinite de Aquiles: Causas, sintomas e tratamento

O que é tendinite de Aquiles?

Um tendão é uma faixa de tecido fibroso e resistente que une a extremidade do músculo aos ossos. O tendão de Aquiles conecta os músculos da panturrilha (gastrocnêmio e  sóleo) ao osso do calcanhar (calcâneo). É o maior tendão do nosso corpo e permite que a gente ande, corra, pule, fique na ponta dos pés, suba e desça escadas.  O tendão de Aquiles está sujeito a cargas enormes podendo chegar até 12 vezes o peso corporal. É dado esse nome devido à mitologia grega, em que Aquiles, guerreiro grego, tinha apenas um ponto fraco que era o seu calcanhar, por isso a expressão calcanhar de Aquiles, dessa forma demonstra a vulnerabilidade de uma pessoa. A inflamação desse tendão é conhecida como tendinite de Aquiles.

O termo tendinite de Aquiles (“ite” de inflamação) foi substituído por tendinopatia de Aquiles (lesão do tendão), de acordo com a observação que nem sempre há  inflamação no local do tendão.

Quem pode ter tendinite de Aquiles?

A tendinopatia de Aquiles é muito comum e afeta atletas competitivos e recreativos, bem como afeta pessoas que não são ativas. É responsável por  11% de todas as lesões em corrida. Mais de 80% das rupturas ocorrem durante esportes recreativos. E aproximadamente 10% dos pacientes que tiveram ruptura do tendão de Aquiles tinham problemas preexistentes no tendão.

Qual a causa da tendinite de Aquiles?

Acredita-se que a tendinopatia de Aquiles ocorre devido à cicatrização anormal do tecido e consequente enfraquecimento do tendão. Já que a vascularização do tendão é fraca, possivelmente isto contribui para uma cicatrização lenta e ruim.

Embora não comprovadas, seguem abaixo algumas possíveis causas:

  • Aumento rápido na distância ou velocidade de corrida;
  • Acréscimo de subidas ou descidas a uma rotina de exercícios;
  • Arranque rápido demais sem se aquecer;
  • Mudança de calçado ou superfície de treinamento;
  • Musculatura pouco fortalecida da panturrilha;
  • Pronação excessiva dos pés ao correr (pés virados para dentro);
  • Usar sapatos de salto alto, que encurtam o tendão e músculos da panturrilha.

Abaixo seguem outros fatores de risco para o desenvolvimento da lesão do Tendão de Aquiles:

  • Sexo masculino
  • Obesidade
  • Idade avançada
  • Esportes recreativos (por exemplo, basquete, futebol e volei)
  • Problemas prévios no tendão de Aquiles
  • Alteração estrutural dos pés (por exemplo, pé chato e arco do pé elevado )
  • Diferença  no comprimento da perna
  • Uso de corticoides e fluoroquinolona (ex ciprofloxacino e levofloxacino  – mais raros).

Quais são os sintomas da tendinite de Aquiles?

Os pacientes com tendinopatia de Aquiles geralmente referem  dor e rigidez no meio do tendão (2 a 6 cm acima do calcanhar). A dor é geralmente descrita como queimação que piora com a atividade e alivia após um período de repouso. A princípio a dor é referida apenas pela manhã, mas numa fase posterior fica mais constante.

A ruptura do tendão ocorre quando uma força súbita é exercida sobre o tendão de Aquiles durante atividades físicas fatigantes que envolvem rotação súbita do pé ou aceleração/ desaceleração rápida (por exemplo, tênis).  Muitos pacientes relatam como se tivessem sido atingidos na parte de trás do tornozelo (“sinal da pedrada”). Alguns referem ouvir um “estalo” seguido de dor intensa e aguda. Embora a ausência de dor na exclua o rompimento.

Como fazer o diagnóstico ?

O diagnóstico da tendinopatia de Aquiles é eminentemente clínico.  Exame de imagem na maioria dos casos não é necessária. Desse modo realiza-se apenas para descartar outras condições como fratura de estresse ou ruptura do tendão.

Tratamento da tendinite de Aquiles

O tratamento da tendinopatia aguda de Aquiles geralmente baseia-se em:

1 – Evitar atividades que agravam os sintomas (preferir atividades na água);

2 – Aplicar gelo quando sintomático;

3 – Fazer uso de anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) por 7 a 10 dias;

4 – Usar calcanheira ou palmilha para reduzir impacto sobre o tendão.

O tratamento da tendinopatia crônica consiste em fisioterapia regular incluindo exercícios excêntricos. O uso de anti-inflamatórios pode também  ser útil nos quadros crônicos.

O uso de injeção local de corticoide ainda continua controverso, uma vez que alguns estudos dizem aumentar o risco de ruptura do tendão.

Um pequeno estudo registrou melhora dos sintomas após a injeção de um agente esclerosante (polidocanol) na tendinopatia de Aquiles dolorosa.

Mesmo que haja resultados conflitantes em estudos, as aplicações de plasma rico em plaquetas (PRP) tornaram-se populares para tendinopatias refratárias.

Muitos estudos evidenciaram que o aumento do óxido nítrico na área da lesão melhorou a cicatrização do tendão.

A terapia por ondas de choque extracorpóreas de baixa energia pode melhorar a dor e a função, já que promove o aumento de fluxo sanguíneo para a tendinopatia crônica.

Estudos mostraram que a acupuntura melhora a dor e a função em comparação com exercícios excêntricos isoladamente.

Por fim a cirurgia está indicada nos casos em que há ruptura tendínea ou em tendinopatias refratária ao tratamento conservador.

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